A saga do Vilipêndio

No dicionário vilipendiar significa aviltar, desprezar. E foi por isto que Vilipêndio foi escolhido para ser o nome de uma das bandas mais radicais do cenário underground.
Tudo começou como um projeto do vocalista Ricardo Caulfield e do guitarrista Márcio Bukowski, em final de 1996, misturando punk-rock e riffs de metal. No ano seguinte, juntou-se a eles Alexandre Salinger para tocar bateria. Como projeto, com o intuito apenas de gravar um CD, lançaram o CD 15 Abismos, no final de 2001.
As letras em português, a crueza do som e a guitarra em um volume devastador chamaram a atenção: muitos odiaram, sentindo-se atingidos pela mensagem da banda.
Nos temas abordados, há a polícia (em EU DEFENDO A LEI), metáforas sobre o país(VERDE E AMARELO), sobre religião(PARAÍSO) e outros, com tons ora irados, ora sarcásticos. Sem conselhos ou lições de moral.
Em 2002, o vocalista Ricardo Caulfield escreveu seu primeiro romance, baseando-se nas músicas do disco do Vilipêndio. O livro recebeu o mesmo nome do trabalho da banda e foi disponibilizado gratuitamente no site do vilipendio, recebendo destaque da mídia especializada.
Gravado o CD, a vontade de transformar o projeto em banda revitalizou-se, e desde 2002 a banda faz regularmente apresentações, angariando sempre novos adeptos.
Em 2004, o grupo estreou domínio próprio(www.vilipendio.com) e, em 2005, participou da coletânea "Keys of rock 2", com diversas bandas de estilos diferentes. As faixas do Vilipêndio obtiveram ótima repercussão, "Paraíso"(uma nova versão da música do CD de estréia) e "Gosto de chegar atrasado". E
m 2007 lançou seu novo CD, "Um segundo de glória", mantendo a vocação para o som pesado, sujo, misturando letras ácidas e sarcásticas com metal e punk. No trabalho, faixas como "Shangri-lá", "Não existem acidentes", "Gosto de chegar atrasado" e "Mulheres apaixonadas não entram em açougues". UM SEGUNDO DE GLÓRIA é a prova de que pode se misturar estilos diferentes sem perder a proposta do grupo, que é rasgar rótulos e fazer um som visceral com letras que pertubem o ouvinte.